Fisiopatologia
- Em condições fisiológicas, o organismo produz líquido no plexo coroide, que segue para os ventrículos e é drenado para o espaço subaracnoideo, sendo absorvido pelas granulações aracnoideas.
- A hidrocefalia ocorre caso haja, em relação ao líquor:
- Produção excessiva (possibilidade teórica);
- Bloqueio na circulação (hidrocefalia obstrutiva);
- Distúrbio da absorção (hidrocefalia comunicante).
Etiologias
- Malformações congênitas;
- Infecções (STORCHZ ou meningite);
- Inflamação;
- Hemorragias quaisquer;
- Tumores;
- Doenças degenerativas.
Quadro clínico
- Síndrome de hipertensão intracraniana:
- Convulsões;
- Alteração da consciência;
- Macrocrania e abaulamento de fontanelas;
- Olhar do sol poente ou paresia do olhar para cima (especialmente em crianças);
- Ataxia de marcha;
- Atraso do DNPM;
- Involução neurológica;
- Papiledema.
Propedêutica complementar
- USG transfontanela: em RNs, útil para screening e seguimento;
- TC;
- RM: melhor exame, pois fornece cortes axiais e sagitais.
Tratamento
Hidrocefalia obstrutiva
Consiste em reestabelecer a circulação:
- Ressecção tumoral;
- Terceiro-ventriculostomia endoscópica: penetra-se o crânio e o cérebro (trepanação) e perfura-se o terceiro ventrículo, fazendo uma abertura que o comunica com o espaço subaracnoideo, permitindo que o líquor seja drenado;
- Septostomia.
Hidrocefalia comunicante
Consiste em drenar o líquor (derivação ventricular):
- Peritoneal (DVP);
- Atrial (DVA);
- Externa (DVE): utilizado quando a etiologia é algo transitório, pois pode ser mais facilmente removida posteriormente.
As derivações podem ter disfunções (ex.: calcificação, deslocamento, infecções), que exigem reabordagem cirúrgica.
Referência(s)
Aula do professor Alexandre Varella Giannetti.




