A fragilidade é definida como “um estado inespecífico de risco aumentado de mortalidade e de eventos adversos de saúde, como a dependência, a incapacidade, as quedas e lesões, as doenças agudas, a lenta recuperação de doenças, a hospitalização, e a institucionalização de longa permanência”. Nos países desenvolvidos, 10-25% da população acima de 65 anos é frágil, e são esses pacientes que obtêm o maior benefício das intervenções da medicina geriátrica.
Fisiopatologia
Há 3 maneiras de conceituar e compreender a fragilidade:
- Redução na reserva funcional: com a idade elevada, alterações em vários sistemas do corpo tornam a fisiologia mais vulnerável, com menor capacidade de adaptação homeostática;
- Acúmulo de déficits: conjunto de limitações e doenças, dependendo mais de seu número que de sua natureza;
- Multidimensional: estado dinâmico de perdas que afetam uma ou mais áreas da funcionalidade, como cognição, aspectos físicos, e domínio social.
Mensuração
A depender da conceituação de fragilidade, instrumentos distintos são empregados na sua mensuração, o que dificulta a comparabilidade entre estudos. Em geral, emprega-se escalas, que podem ser amplamente divididas entre as multidimensionais (vulnerabilidades biológicas, psicológicas, culturais, e sociais) e fisiológicas (aspectos orgânicos).
A escala mais empregada e a EFCHS (Escala de Fragilidade do Cardiovascular Health Study), que avalia:
- Força de preensão palmar;
- Velocidade da marcha;
- Sensação de exaustão;
- Gasto calórico;
- Perda de peso.
Referência(s)
LOURENÇO, Roberto Alves; MOREIRA, Virgílio Garcia; MELLO, Renato Gorga Bandeira de; et al. Consenso Brasileiro de Fragilidade em Idosos: Conceitos, Epidemiologia e Instrumentos de Avaliação. Geriatrics, Gerontology and Aging, v. 12, n. 2, p. 121–135, 2018.