Consciência de morbidade em psiquiatria: o que é? Como se altera? Como examinar? Como se apresenta nos transtornos mentais?

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  • 2 anos atrás
  • 2minutos
  • Refere-se ao entendimento, pelo paciente, de que:
    • Determinadas vivências ou comportamentos seus são anormais;
    • Uma doença o esta acometendo;
    • Sua doença é mental e não física.
  • Pacientes sem consciência de morbidade podem recusar o tratamento, mas nem sempre é o caso.

Alterações na consciência de morbidade

Altera-se quantitativamente num espectro (não é, portanto, “tudo ou nada”).

Exame da consciência de morbidade

  • A indagação da queixa principal já pode evidenciar sua consciência de morbidade.
  • Caso não esteja evidente, deve-se perguntar diretamente ao paciente se ele se considera doente, e em que exatamente consiste sua doença.

Consciência de morbidade nos principais transtornos mentais

Transtornos psicóticos

  • Consciência de morbidade costuma estar mais comprometida em quadros que cursam com psicose.
  • Para o indivíduo que apresenta alucinações, as imagens ou sons alucinatórios tendem a ser tidos como reais.
  • O sofrimento do delirante pode ser atribuído às ações de seus perseguidores, em vez de a uma doença.
  • Na depressão psicótica, o paciente pode acreditar que está sendo castigado.

TOC

Em casos graves, pode não haver plena consciência quanto à inadequação do comportamento compulsivo.

Mania

  • O indivíduo não se acha doente, e, ao contrário, pode estar se sentindo melhor do que jamais se sentiu em sua vida.
  • Na bipolaridade, a consciência de morbidade é maior na depressão que na mania.

Transtorno da personalidade antissocial

As manifestações são egosintônicas, ou seja, o paciente não sofre com a sua anormalidade.

Transtornos somatoformes

Na hipocondria e na somatização, o paciente acredita que sua doença é física, e não mental.

Demência

  • Paciente não costuma ter consciência plena de suas dificuldades de memória e/ou de seus distúrbios cognitivos.
  • Alguns pacientes se enraivecem ao se darem conta de suas dificuldades cognitivas.

Referência(s)

CHENIAUX, Elie, Manual de psicopatologia, 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.


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